Este sempre foi um aspecto do treino que enquanto jogador me causava confusão, o treino sistematizado de jogadas bonitas e bem delineadas mas muito mecanizadas e sempre feitas sem oposição que raramente eram realizadas em jogo.Como treinador sou da opinião que em termos ofensivos deve-se dar asas a criatividade, estimula-la dentro das regras colectivas do futebol.
Naturalmente em termos ofensivos existirão aquilo a que chamo a minhas ideias de jogo, os posicionamentos definidos em termos ofensivos, mais concretamente de finalização.
O que é mais fácil de anular? a mecanização ou a criatividade que resulta do momento?
O que é mais fácil para mim sem duvida é o que está mecanizado e vemos isso observando Messi, Ronaldo, Ronaldinho, Neymar e pouco mais.
Estes jogadores tem a capacidade de improvisar, fazer magia em pequenos espaços, é isso que nos prende ao futebol, dai a minha paixão pelo futebol Africano.
Ofensivamente defendo essa criatividade, essa liberdade táctica, onde apenas exigo que se mantenha a nossa ideia de jogo e que no momento em que perdemos a bola as nossas posições estejam ocupadas.
Este devia ser um dos benefícios da formação, estimular a criatividade, mas hoje assiste-se a uma especialização precoce de posicionamento e regras rígidas que leva á mecanização do jogo pois todos somos reféns dos resultados.
